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A gravidez é um processo de mudanças no corpo da mulher e, com isso, a pele, que é o maior órgão do corpo, fica mais suscetível a problemas. A urticária é um dos problemas que podem aparecer na gestação.
Grávidas são bombardeadas por hormônios, e a prioridade é sempre o bebê. Com isso, as defesas do corpo diminuem e ele acaba ficando mais vulnerável. E, devido ao estiramento e ressecamento da pele, é possível que um quadro de Pápulas e Placas Urticariformes Pruriginosas da Gravidez (PPUPG), ou urticária, seja mais comum nesse período.
Mas não há motivo para se preocupar! Conversamos com Karen Rocha De Pauw, médica ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, para esclarecer um pouco mais essas mudanças.
No que consiste a PPUPG?
Karen explica que a urticária gestacional é ocasionada pelo estiramento da pele. Os vasos mudam devido aos próprios hormônios da gravidez e a pele começa a se esticar de uma forma a que não estava acostumada. O inchaço que acontece durante a gestação também pode causar o problema.
Como saber se estou com urticária gestacional?
Para Karen, antes de tudo, é preciso descobrir se a grávida está realmente com urticária. O diagnóstico é feito por exclusão, ou seja, se não foi detectada outra doença que possa causar coceira, então é meramente pelo estiramento de pele, por retenção hídrica excessiva ou ganho de peso excessivo. Esses são fatores que predispõem à urticária de gestação.
Além da urticária, podem surgir outros problemas de pele?
No período de gestação, é comum que as estrias também apareçam, pois há ruptura das fibras de colágeno. Algumas alergias podem aparecer ou se intensificar, como alergias às bijuterias, lentes de contato, lâminas de depilação e até aos cremes que a mulher já costumava usar.
O penfigoide gestacional também está entre as doenças comuns desse período e pode ocorrer durante a gestação ou após o parto. Ele é caracterizado por erupções polimórficas vesiculobolhosas (vesículas e bolhas) que causam coceira.
Por fim, a colestase gestacional, em que a bile produzida pelo fígado não consegue ser liberada, também leva ao aparecimento de lesões ou coceiras intensas e, assim como a urticária, é diagnosticada por exclusão.
Karen ressalta que a urticária ainda é a doença mais comum, mas que a tendência é que os problemas de pele melhorem nos próximos 15 ou 30 dias após o parto.
Há como evitar a urticária gestacional?
Entre as medidas que ajudam a prevenir a urticária gestacional estão ganho de peso controlado, diminuição de ingestão de comidas salgadas – para evitar a retenção de líquidos –, hidratação da pele e prática de alguns tipos de exercício, como alongamento.
Como tratar a urticária durante a gravidez?
É preciso evitar coçar, mas, se não for possível, Karen recomenda que a gestante apare as unhas e use apenas os dedos para coçar.
“Manter a pele hidratada é indispensável, e ela também pode consultar seu médico para saber que tipo de anti-histamínico ou corticoide pode usar para aliviar esses sintomas.”
Tratamentos caseiros são efetivos?
Fazer compressas frias para diminuir a irrigação sanguínea no local e usar farinha de aveia, pasta d'água e aloe vera vão ajudar a reduzir os sintomas e a refrescar a pele. Camomila, valeriana e tília também são calmantes específicos que podem ser usados na região afetada.
Entretanto, é preciso observar se a pele já está machucada ou irritada antes de aplicar produtos que possam causar ardência. Antes de fazer qualquer coisa, é sempre bom conversar com o médico que acompanha a gestação.
*A especialista consultada nesta matéria foi ouvida como fontes jornalísticas, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.