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Mais Abraços // Quinta-feira 20 Julho, 2023 // #teste da orelhinha, #bebe, #recem-nascido
Todos estamos familiarizados com o teste do pezinho, mas existe um outro exame com nome parecido que também é muito importante nos primeiros dias de vida. É o teste da orelhinha, uma prática essencial que avalia a audição de recém-nascidos.
Esse exame é uma maneira simples e eficaz de identificar precocemente possíveis problemas auditivos, permitindo que medidas adequadas sejam tomadas para garantir um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida para os pequenos.
Desde o momento em que chegam ao mundo, os bebês estão absorvendo informações por meio dos sons ao seu redor. Na realidade, isso acontece antes mesmo do parto: você sabia que o ouvido do bebê começa a funcionar a partir do quarto mês de gestação?
A capacidade de processar sons é essencial para seu crescimento, linguagem, interação social e aprendizado.
"O primeiro ano de vida é considerado de extrema importância para a aquisição de fala e linguagem, pois é neste período que ocorre o ápice do processo de maturação do sistema auditivo", explica o médico Júlio César Pelegrini Silva Filho, coordenador da pediatria do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo o pediatra, estudos mostraram que crianças com perda auditiva que receberam estimulação sonora adequada nesse período apresentaram desenvolvimento de fala e linguagem semelhante ao de crianças com audição normal. "Portanto, é fundamental fortalecer todas as iniciativas capazes de antecipar o diagnóstico e a intervenção", ele diz.
Também conhecido como teste de emissões otoacústicas, o teste da orelhinha é um exame auditivo que tem como objetivo fazer uma triagem de perda auditiva, indicando quais crianças precisam de maior investigação.
"É um método bastante simples que mede a presença de emissões otoacústicas e a ausência dessas emissões é considerado um sinal de que pode haver perda auditiva", explica Silva Filho. O teste é indolor: um fone de ouvido, acoplado a um pequeno computador, é colocado na orelha do bebê. "Pode ser feito inclusive com a criança dormindo", ele diz.
O teste da orelhinha detecta de forma generalizada a suspeita de perda auditiva. Segundo o pediatra, essa deficiência pode estar associada a inúmeras doenças e condições como infecções congênitas, prematuridade, asfixia perinatal, uso de medicações, síndromes genéticas, deformidades cranianas, ósseas ou do ouvido interno.
A realização do teste da orelhinha é essencial para a identificação precoce de possíveis problemas auditivos para uma intervenção imediata. Ou seja, ao realizar esse exame, os bebês têm a chance de receber tratamentos adequados desde cedo, garantindo um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida.
Desde 2010, é obrigatório que toda maternidade realize o teste da orelhinha em 100% dos recém-nascidos, assim como o teste do pezinho. No caso de crianças que nasceram fora do ambiente hospitalar, o teste da orelhinha deve ser realizado o mais breve possível, preferencialmente nos primeiros três meses de vida do bebê.
"A triagem logo após o nascimento permite um diagnóstico precoce de deficiência auditiva e consequentemente tratamento ainda nas primeiras semanas de vida", afirma Filho. "Quanto mais precoce a intervenção, melhor serão as condições futuras do bebê."
Quando o bebê não passa no teste inicial, é preciso realizar um novo teste ainda nas primeiras semanas de vida. "A presença de vérnix ou secreções no canal auditivo do bebê logo depois do nascimento podem gerar resultados falsamente alterados", afirma Filho.
Bebês prematuros, com baixo peso ao nascer ou que apresentem determinadas condições de saúde também podem necessitar de uma nova avaliação, pois esses fatores podem interferir na capacidade de resposta aos estímulos sonoros.
Após a realização do teste da orelhinha, é fundamental que haja uma análise cuidadosa dos resultados e, caso alguma alteração seja indicada, assim como com outras doenças comuns na infância, é necessário um acompanhamento especializado.
Se houver alterações em dois testes da orelhinha diferentes, o pequeno precisa ser encaminhado para atendimento pediátrico específico e audiológico, antes dos três meses. O médico especialista será capaz de realizar avaliações mais detalhadas, além de fornecer orientações adequadas e recomendar o melhor curso de tratamento para a criança.
O acompanhamento contínuo por um profissional de saúde especializado é crucial para garantir que a criança receba o suporte necessário em relação à sua audição. Segundo SIlva Filho, todas as crianças com perda auditiva confirmada e permanente "devem receber atendimento antes dos 6 meses em programa interdisciplinar para estimulação precoce".
O desenvolvimento adequado da linguagem, comunicação e habilidades auditivas da criança podem incluir a prescrição de aparelhos auditivos, terapia fonoaudiológica e outras intervenções. A busca por orientação médica especializada é essencial para garantir o melhor cuidado auditivo e bem-estar do seu filho.
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